segunda-feira, 23 de maio de 2011

Biografia

[editar] Infância e juventude

Escultura no Daley Plaza (Chicago, Estados Unidos).
Nasceu na cidade de Málaga, em Andaluzia, região da Espanha, e recebeu o nome completo de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, filho de María Picasso y López e José Ruiz Blasco.
Em torno do seu nascimento surgiram várias lendas, algumas das quais Picasso se esforçou para promover. Segundo uma delas, Picasso nasceu morto e a parteira dedicou a sua atenção à mãe acamada. Só o médico, Don Salvador, o salvou de uma morte por asfixia soprando-lhe fumo de um charuto na face. O fumo fez com que Picasso começasse a chorar. O seu nascimento no dia 25 de outubro de 1881, às onze e um quarto da noite, seria assim descrito por Picasso aos seus biógrafos, que assim o publicavam de boa vontade[1].
Roland Penrose, um dos mais conhecidos biógrafos de Picasso, procurou nas suas origens a razão da sua genialidade e da sua abertura à arte, algo natural na compreensão de um gênio. Na geração dos seus pais são vários os vestígios. O seu pai era pintor e desenhista, de bem medíocre talento. Don José dedicava-se a pintar os pombos que pousavam nos plátanos da Plaza de la Merced, perto da sua casa[1]. Ocasionalmente, pedia ao filho para lhe acabar os quadros. A linhagem paterna possibilitou-se estudar até ao ano de 1841[1]. Da descendência materna pesquisada, Dona María contava entre os antepassados com dois pintores. As feições de Picasso são também semelhantes às da mãe[1].
Os primeiros dez anos de vida de Pablo são passados em Málaga[1]. O salário pequeno do pai como conservador de museu e professor de desenho na Escuela de San Telmo a custo assegurava o sustento da família. Quando lhe ofereceram uma colocação com melhor remuneração no Instituto Eusébio da Guarda, no norte do país, à hesitação sobrepôs-se a necessidade, e junto com a família, don José parte para a Corunha, capital de província à beira do Oceano Atlântico[1].
Os desenhos de infância de Picasso representavam cenas de touradas. Sua primeira obra, preservada, era um óleo sobre madeira, pintada aos oito anos, chamada O Toureiro. Picasso conservou esse trabalho por toda a sua vida, levando-o consigo sempre que mudava de casa. Anos mais tarde pintou outro quadro semelhante, A morte da mulher destacada e fútil. Picasso está zangado e rebelde. Este quadro é claramente uma expressão injuriosa da sua relação com a mulher.
A preocupação principal do pai com o pequeno Pablo era o seu aproveitamento escolar, mas nem por isso dispensou a oportunidade de fomentar o talento do filho. Desenhar foi desde cedo a forma mais adequada de Picasso se exprimir e, talvez por isso, secundário.[1]
Recusa claramente o ensino usual, e encarrega-se ele próprio da sua formação artística[1]. Com treze anos, e seguindo o modelo do pai, Picasso atingira já a perícia do progenitor (que também não era de grande refinamento). Ao contrário do que apontam algumas listas, Picasso era destro, como se pode ver no célebre documentário The Mystery of Picasso.
A família transferiu-se novamente, desta vez a Barcelona, na Primavera de 1895, e a prova de admissão na escola de arte La Lonja é feita com sucesso. Os trabalhos que deveria apresentar ao fim do mês, Pablo apresentava-os ao fim de poucos dias, ao cabo que o seu trabalho se destacava, inclusive, do dos finalistas.[1] Com quatorze anos, Picasso conseguia superar as exigências de uma conceituada academia de arte. Trabalhos académicos, que segundo o próprio, ao cabo de vários anos o assustavam. Os trabalhos que fazia colocavam-no na série de conceituados pintores de Barcelona, como Santiago Rusiñol e Isidro Nonell, e o seu quadro A Primeira Comunhão é exposto na célebre exposição da época na cidade.[1] Apesar de ter optado por uma temática religiosa, este não deixa de ser um acontecimento privado, do plano familiar. Apesar de realista e de satisfazer as exigências académicas, por outro lado a obra acaba por ser uma tentativa de combate ao convencionalismo.
Depois de uma estadia em Málaga, em 1897 instala-se em Madrid.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

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Vincent Van Gogh - Biografia

por Henrique Chagas *
publicado em 9/4/2003.
Vincent Van Gogh foi o maior expoente do pós-impressionismo, ao lado de Gauguin e Paul Cézanne. O termo foi inventado posteriormente pelo crítico de arte e pintor inglês Roger Pry, que o utilizou no título da exposição Manet e os Pós-impressionistas, realizada nas Galerias Grafton, em Londres, em 1910.

O movimento surgiu na França como um desenvolvimento ou, em muitos casos, uma reação ao Impressionismo. Eram artistas contrários às regras ditadas pelas academias tradicionais. Para os impressionistas, o objetivo da arte seria o registro da natureza. Ela deveria mostrar a primeira impressão do artista diante de um cenário.

Entre os defensores desses princípios estavam Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir e Camille Pissaro. Van Gogh, Cézanne e Gauguin rejeitavam a tentativa de retratar a natureza a partir de impressões imediatas. Com eles, a expressão de emoções na pintura voltava a ser importante. Para Cézanne, o objetivo da arte seria realizar uma análise estrutural da natureza.

Vincent Van Gogh não conheceu a fama e nem a fortuna. Em toda a sua vida, o mestre da pintura vendeu apenas um quadro: Vinhas Vermelhas, em Arles. Durante os seus 37 anos de vida, passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a pobreza absoluta. não fosse a generosidade do irmão Theodorus, que o sustentou durante muitos anos e com quem se correspondeu a vida inteira - foram mais de 750 cartas -, talvez não tivesse vivido o bastante para nos deixar sua arte.

Enquanto produziu, entre 1880 e 1890, foi ignorado pela crítica e pela maior parte do mundo artístico. Só virou celebridade e foi reconhecido como o gênio que era após sua morte, em 1890. Hoje, seus quadros estão entre os mais caros do mundo.




Vincent Willen van Gogh nasceu no dia 30 de março de 1853. Era o primeiro dos seis filhos de Theodorus van Gogh e Anna Cornelia Carbentus. O pai era um pregador protestante. Aprendeu francês, inglês e alemão. Em 1868, porém, deixou os estudos. Trabalhou com um tio em Haia (Holanda), numa das lojas da Goupil and Co., que negociava obras de arte, mas não se adaptou. Com 24 anos de idade, decidiu que sua vocação era a evangelização. Chegou a estudar Teologia em Amsterdã. Logo, porém, abandonou o curso e foi trabalhar como pregador leigo nas minas de carvão de Borinage, na Bélgica. Lá distribuiu todos os seus bens entre os pobres, viveu em barracos e lutou para melhorar as condições de vida dos mineiros. Mas suas preocupações sociais não foram bem recebidas por seus superiores, que suspenderam seu salário, fato que o levou a decidir-se pela vida artística.

Theo, quatro anos mais jovem, passou a sustentá-lo. Van Gogh viveu na Bélgica, na Holanda e Paris até estabelecer-se em Arles, no sul da França, em 1888. A fase foi das mais produtivas. Uma verdadeira fúria criativa seguiu-se à sua mudança para Arles. Nos três últimos anos de vida, Van Gogh pintou mais de 400 telas. Nessa fase, o estilo do artista estava bastante definido, com suas pinceladas vigorosas e empastelamento da tinta. A partir dai, amarelos intensos e vermelhos vivos, cores reverenciadas pelo artista, serviriam para criar efeitos, expressando sentimentos.

Financeiramente, porém, a situação não podia estar pior. Nessa época, agravaram-se as crises nervosas e um dos poucos amigos que teve foi Paul Gauguin, que se instalou durante alguns meses na casa do holandês. Com ele, Van Gogh pretendia fundar uma espécie de comunidade de artistas. A instabilidade mental, porém, provocava brigas constantes entre eles. Sem amigos e sofrendo crises agudas de paranóia, decidiu internar-se.

Van Gogh deixou o asilo e foi morar nas proximidades da casa de seu irmão. Um mês antes de sua morte - quando pintava uma tela por dia - o holandês realizou Campo de Trigo com Corvos, outra obra prima em que exprimia, de maneira contundente, toda a tristeza e a solidão de seus últimos momentos. Em maio de 1890, mudou-se para Auvers-sur-Oise e, no dia 27 de julho, deu um tiro contra o próprio peito. Dois dias depois, morreu nos braços de Theo.

Entre os pós-impressionistas, o mais persistente foi Van Gogh. Seu uso abstrato da cor e da forma teria uma influência enorme sobre toda a arte do Século XX. Na opinião dos críticos, sua contribuição foi ainda maior: com ele, a emoção voltou à arte, transformando-se em fonte primordial de inspiração e objetivo final de toda criação.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Van Gogh
Vincent Van Gogh
A biografia, principais pinturas, importantes informações sobre sua vida, impressionismo e pós-impressionismo.
fotografia de Van Gogh
Foto de Van Gogh


Começou a atuar profissionalmente ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade de Amsterdã.  Mesmo sem terminar o curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses. Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou vários desenhos à lápis.
Resolveu retornar para a cidade de Haia, em 1880, e passou a dedicar um tempo maior à pintura. Após receber uma significativa influência da Escola de Haia, começou a elaborar uma série de trabalhos, utilizando técnicas de jogos de luzes. Neste período, suas telas retratavam a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores na zona rural da Holanda.

O ano de 1886, foi de extrema importância em sua carreira. Foi  morar em Paris, com seu irmão. Conheceu, na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do impressionismo.  Recebeu uma grande influência destes mestres do impressionismo, como podemos perceber em várias de suas telas
Dois anos após ter chegado à França, parte para a cidade de Arles, ao sul do país. Uma região rica em paisagens rurais, com um cenário bucólico. Foi neste contexto que pintou várias obras com girassóis.  Em Arles, fez único quadro que conseguiu vender durante toda sua vida : A Vinha Encarnada. 
Convidou Gauguin para morar com ele no sul da França. Este foi o único que aceitou sua idéia de fundar um centro artístico naquela região. No início, a relação entre os dois era tranqüila, porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin retornou para Paris, Vincent entrou em depressão.  Em várias ocasiões teve ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo. Foi neste período que chegou a cortar sua orelha.  
Seu estado psicológico chegou a refletir em suas obras. Deixou a técnica do pontilhado e passou a pintar com rápidas e pequenas pinceladas. No ano de 1889, sua doença ficou mais grave e teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas 
No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.


Principais obras de Van Gogh :
- Os comedores de batatas (1885)
- A italiana
- A vinha encarnada
- A casa amarela (1888)
- Auto-retratos
- Retrato do Dr. Gachet
- Girassóis
- Vista de Arles com Lírios
- Noite Estrelada
- O velho moinho (1888)
- Oliveiras (1889)



Introdução 
Van Gogh é considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853. Teve uma irmã e um irmão chamado Theo. Com este irmão, estabeleceu uma forte relação de amizade. Através das cartas que trocou com com o irmão, os pesquisadores conseguiram resgatar muitos aspectos da vida e do trabalho do pintor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Arte Popular Brasileira
No Brasil, costuma-se chamar de “arte popular” a produção de esculturas e modelagens feitas por homens e mulheres que, sem jamais terem freqüentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Seus autores são gente do povo, o que, em geral, quer dizer pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos e para quem “arte” significa, antes de mais nada, trabalho.
Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas. Apresenta os principais temas da vida social e do imaginário — seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano — numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação sócio-econômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta.
O mundo da arte popular brasileira — ou seja, o mundo dos costumes, das religiões e festas que se revelam por seu intermédio e lhe servem habitualmente de tema — é bastante complexo e dinâmico. As obras são feitas em todas as regiões do Brasil, e seus autores utilizam os materiais que têm à mão, como barro ou madeira, e ainda outros, como areia, palha, contas, tecidos e penas de aves. Para muitas pessoas, prestar atenção nos diversos estilos, cores e materiais que compõem as obras dos artistas populares pode descortinar um mundo de arte desconhecido. Conhecer essa produção também é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros. E significa, sobretudo, empreender uma fascinante aventura pelos caminhos da imaginação humana.
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Angela Mascelani
Museu Casa do Pontal